sexta-feira, 11 de julho de 2014

Papel x tela: As vantagens de ser invisível

E aqui estou eu, como prometi, com uma nova tag! Decidi dar a ela o nome de "papel x tela" porque não sou muito criativa, mas não queria usar algo tão óbvio quanto "livro x filme". haha Como vocês já devem estar imaginando, nessa tag eu farei algumas comparações entre livros que foram adaptados para o cinema e o filme propriamente dito. E é claro que eu não poderia escolher outro livro/filme se não "As vantagens de ser invísivel" (que é um dos meus favoritos de todos os tempos) para começar com o pé direito! 



Muito bem, para quem não lembra, eu já fiz resenha desse livro aqui no blog. (Caso tiver interesse de relê-la, é só clicar no link). 

Primeiramente, acho que o mais importante a se dizer é que o filme foi bem fiel ao livro. Obviamente tem algumas mudanças, mas a maior parte do livro está presente no filme. Inclusive muitas falas são idênticas. Sem mudar uma única vírgula. 

E os personagens então? Eu não poderia imaginar melhor escolha de atores para representar os meus queridinhos do livro. Logan Lerman é o Charlie perfeito. Sério, não tem como imaginar um Charlie melhor do que esse interpretado pelo ator. Vai dizer, o Logan tem essa carinha de menino inocente, sensível e gente boa, né? E a Emma? Não preciso fazer muitos comentários sobre ela... É surpreendente perceber como essa moça cresce (e eu não falo em questão de tamanho) a cada filme dela que eu vejo. Ela também é a Sam perfeita. Conseguiu captar aquela essência da garota extrovertida, popular e, ao mesmo tempo, com um grande coração. E, por fim, para completar o trio, temos Ezra Miller, que também interpretou seu personagem, Patrick, com maestria.

Aliás, fico muito satisfeita ao observar a química que rolou entre todos os atores do filme. Ao ler o livro, eu não tinha ideia de como imaginá-los exatamente, mas assim que assisti ao filme eu soube que era exatamente daquela maneira que eles eram no filme. 

Prosseguindo... Uma diferença que eu encontrei (e achei bem notável) foi a questão das bebidas, das drogas e dos relacionamentos sexuais. De algum modo, lendo parecia bem mais estranho do que foi no filme. Talvez porque ao ler, o leitor está "dentro" da mente de Charlie, vendo as coisas como ele vê, sentindo o que ele sente. Eu até achei meio estranho sentar para assistir a esse filme com os meus pais porque eu tinha medo de eles me olharem estranho depois disso. Tinha medo de eles olharem pra mim e perguntar "E esse é o filme do seu livro preferido? É dessas coisas que você gosta?". Felizmente isso não aconteceu porque o filme foi mais "suave" em relação a isso. Ok, o livro também não é escandaloso, eu é que sou exagerada em relação a essas coisas. A verdade é que esse foi o primeiro livro que eu li que mostrava mais sobre isso... Drogas, principalmente. Então foi levemente chocante. Sei lá. 

Trilha sonora: Oh, yeah! No livro, Charlie cita muuuita música boa e antiga (isso porque a trama se passa nos anos 90). E fico muito feliz de ver que o filme seguiu essa trilha. Quem não se apaixonou por Heroes (do David Bowie) e Asleep (do The Smiths) depois de ouvir essas músicas?

Prometo que logo encerro... Antes, só quero mencionar duas coisas que me deixaram meio chateada. No livro, Charlie conta logo no começo que seu amigo se matou no ano anterior. E isso nos faz entender muito do que acontece com o garoto e o porquê de ser difícil para ele se "enturmar". E no livro também, em um determinado momento, Charlie lê um poema suicida escrito por um garoto anônimo. É um poema simples, mas eu o acho tão marcante (eu inclusive fiz algumas pesquisas sobre o poema e descobri que o significado dele vai muito além do que o livro deixa transparecer). E sempre fiquei me perguntando se, talvez, o garoto que escreveu aquele poema não era o amigo do Charlie. 

E, por último, gostaria de falar um pouco sobre o final. Já faz algum tempo desde que li o livro, então não lembro perfeitamente como termina. Não lembro em qual momento, mas tenho a impressão de que isso foi alterado no filme. E se estou certa, devo dizer, gostei da alteração. O final do filme é lindo, fofo e perfeito. Até me arrepiei ao ouvir as últimas falas do Charlie, antes de tocar pela última vez Heroes.

Então, se você ainda não leu o livro e ainda não assistiu ao filme: o que está esperando? 



Louise M.


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