segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Livro: As Vantagens de Ser Invisível



Nome Original: The perks of being a wallflower
Autor: Stephen Chbosky
Editora: Rocco
Gênero: Drama, romance
Número de páginas: 224 páginas
Sinopse: Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça. Uma leitura que deixa visível os problemas e crises próprios da juventude.

Opinião da Louise:


Gostaria de poder dizer que o livro não é tão "radical e rebelde" quanto parece ser através da sinopse, mas não posso. Se você quiser ler esse livro, deve preparar-se para ler detalhes sobre relacionamentos sexuais e também a sensação de estar bêbado e drogado. Isso sem falar na confusão que é acompanhar o fluxo intenso dos pensamentos de Charlie, que é o narrador da história. Aliás, ele se comunica com um interlocutor misterioso, que recebe suas cartas, mas não as responde.

Além disso, esse drama juvenil fala sobre muitos assuntos que rodeiam a realidade de diversos adolescentes, como os problemas familiares, as dúvidas sobre como agir diante das situações, a sensação de estar apaixonado e não ser correspondido, o "problema" de não ser popular na escola... Resumindo, é provável que algum dos assuntos tratados nesse livro já foram vividos pelos leitores, e isso permite a fácil identificação. Ou seja, eu me identifiquei com os dramas familiares e o fato de ser "invisível" na escola. O resto foi apenas algo que eu enfrentei junto com Charlie, sem necessariamente entender tudo.

Seja lá como for, eu adorei esse livro. Sei que parece que não, porque as minhas críticas até agora foram um pouco violentas, mas espero que entendam o motivo: eu achei muito complicado entender o que estava acontecendo comigo enquanto eu lia. Como assim? Bem, eu senti muitas emoções ao ler: raiva, adoração, decepção, orgulho, confusão, compreensão, pena, felicidade, tristeza. Então, tinham momentos em que eu não aguentava ler o que estava acontecendo, mas em outros eu me pegava rindo ou chorando. Isso, com certeza, prova o quão sentimental esse livro foi para mim, pois ele me fez sentir muitas coisas. E isso foi bom. 

Também preciso dizer que fiquei bastante reflexiva no período em que fazia a leitura. Sabe quando você fecha o livro e pensa que vai dar um tempo? E, de repente, você percebe que enquanto está tomando uma água gelada alguma das coisas que você leu vem a sua mente e você reflete sobre isso? Não é curiosidade. É aplicar o que você leu em sua vida. É se lembrar de momentos em que você passou por isso ou alguma coisa parecida. E eu preciso dizer: é uma sensação muito boa.

O que eu concluo então? A leitura parece um pouco enjoada no começo porque Charlie escreve várias frases curtas e ele pensa demais, mas depois que você acostuma, é bem agradável. Os assuntos tratados são chocantes (só leia se você se sentir preparado ou preparada!). As reflexões "filosóficas" são constantes. No final, você finalmente entende muita coisa que aconteceu no início. Ainda assim, restam muitas perguntas não respondidas. Se isso é bom? Não sei. Faz você pensar ainda mais para tentar juntas as peças do quebra-cabeça. E, por fim, é importante saber que apesar de todos os pontos "negativos" (será que são mesmo negativos?), o livro é excelente. Fantástico. Emocionante. 



Louise.

Nenhum comentário:

Postar um comentário